2020: UFSC assume protagonismo no combate à pandemia

Laboratório de Farmacotécnica promove produção de álcool em gel. Foto: Daiane Mayer/Estagiária da Agecom/UFSC

Em 2020, a pandemia de Covid-19 alterou a vida de todas as pessoas e organizações, e com a UFSC não foi diferente. A Universidade teve que adaptar suas rotinas e procedimentos de trabalho, mas continuou a produzir ciência e conhecimento para o benefício de toda a sociedade, além de promover iniciativas de solidariedade e apoio no combate à pandemia.

Desde o primeiro momento de circulação do novo coronavírus no Brasil, a UFSC tomou iniciativas que contribuíram para mitigar a disseminação do contágio. Em meados de março, suspendeu os eventos com grande concentração de pessoas, como formaturas, as aulas e o trabalho presencial. Essa medida tirou de circulação e possibilitou o isolamento social de mais de 50 mil pessoas nas cidades onde a Universidade está instalada, principalmente em Florianópolis.

Servidores passaram a trabalhar a partir de suas casas, com o uso de plataformas digitais e recursos de telecomunicação. Eventos acadêmicos como formaturas, defesas de teses, bancas e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) foram rapidamente adaptados e passaram a ocorrer no formato on-line. A adaptação das aulas ao modo remoto teve um período maior de maturação, dadas a complexidade e a amplitude do processo: mais de 3.700 planos de ensino tiveram que ser modificados, aprovados e publicados. A decisão de não deixar ninguém para trás no ensino remoto exigiu a distribuição de computadores e de auxílio financeiro para planos de acesso à internet a milhares de estudantes.

Diversos setores e grupos se organizaram para a produção e doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Foto: divulgação/UFSC Araranguá

Enquanto planejava e implementava todas essas mudanças, a UFSC imediatamente se envolveu no combate direto à pandemia. Vários setores e grupos na UFSC se organizaram para a produção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como face shields e máscaras, e insumos de higiene e assepsia, como álcool em gel e álcool líquido 70%. Equipamentos de laboratórios da universidade foram colocados à disposição do governo estadual para colaborar na testagem da população.

Muitos pesquisadores das áreas da Biologia e da Medicina contribuíram com informações e orientações valiosas no enfrentamento à doença, seja através de informações confiáveis à imprensa ou na produção de materiais com dicas úteis às pessoas. Cientistas da UFSC ensinaram como confeccionar máscaras caseiras seguras; como se portar na ida ao supermercado e no uso dos transportes coletivos; como higienizar as mãos e objetos. Houve orientações para a prática de exercícios físicos e dicas de alimentação saudável no ambiente de isolamento social.

Logo ocorreu um aprofundamento da pesquisa científica relacionada ao coronavírus. A UFSC se envolveu na prospecção de vacinas já existentes que pudessem apresentar eficácia no combate ou atenuação dos sintomas da Covid-19, além do desenvolvimento de novas vacinas. O trabalho se espraiou para a o desenvolvimento e aperfeiçoamento de métodos diagnósticos e nos efeitos físicos e psicológicos da doença sobre os profissionais da saúde e das pessoas em geral.

Força-tarefa de pesquisadores agilizou testes de Covid-19 no Hospital Universitário. Foto: divulgação/HU-UFSC

Os cientistas da UFSC também se empenharam no desenvolvimento de equipamentos essenciais ao tratamento dos doentes hospitalizados e que estavam em falta no mercado, como os respiradores e reanimadores. Os projetos tinham como meta desenvolver produtos de mais baixo custo e que pudessem ser fabricados com o uso de componentes disponíveis no mercado nacional.

O legado de todo esse trabalho científico é imensurável. As pesquisas desenvolvidas produziram conhecimentos que poderão ser aplicados em outras situações de epidemias ou crises sanitárias. Equipamentos como respiradores e reanimadores podem ser empregados em situações diferentes das inicialmente previstas, como na reabilitação de pacientes de doenças respiratórias ou reanimação e transporte de pessoas acidentadas. O estudo da eficácia contra o coronavírus de vacinas já existentes deixará a ciência mais preparada para desafios futuros. As análises sobre os efeitos físicos e psicológicos orientarão os procedimentos e atitudes em uma possível nova situação de isolamento social.

Essa foi a grande contribuição da UFSC à sociedade brasileira nesse ano conturbado. Numa situação de total excepcionalidade, a universidade aprendeu como continuar a desenvolver sua missão nas áreas do ensino, pesquisa e extensão. Sem descuidar da saúde e da vida das pessoas.

 

Saiba mais sobre as ações da UFSC contra o coronavírus: https://coronavirus.ufsc.br/numeros-da-ufsc-contra-o-coronavirus/