Década de 2010

Nesta década, a Universidade Federal de Santa Catarina manteve e aprimorou a qualidade do ensino, ampliou sua estrutura física e destacou-se na produção científica, trazendo muitos benefícios para a sociedade, apesar de fatos com origem externa que impactaram a vida e o ambiente universitário.

O cotidiano da UFSC foi alterado e tensionado por acontecimentos alheios ao ambiente acadêmico em alguns momentos. Em 2017, a morte do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo causou dor e indignação na comunidade universitária. Em 2016 e 2019, restrições orçamentárias e bloqueios de recursos provocaram reações e mobilizações de estudantes. Em 2014, uma operação policial convulsionou o campus de Florianópolis, no episódio conhecido como “Levante do Bosque”.

Ao mesmo tempo, a UFSC consolidou sua estratégia de interiorização, com a inauguração do Campus de Blumenau, em 2014. Vários prédios, instalações e equipamentos foram inaugurados em todos os campi, especialmente em Florianópolis. Boa parte dessa expansão foi viabilizada por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), promovido pelo Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de dobrar o número de alunos em universidades federais a partir de 2008.

E a UFSC continuou produzindo ciência e levando os frutos do conhecimento para a comunidade. Em 2019, o lançamento do nanossatélite FloripaSat-1 mostrou ao mundo o sucesso da primeira missão de satélite universitário do Brasil. No mesmo ano, a Universidade realizou a primeira formatura do país a usar o diploma digital, que foi desenvolvido nos laboratórios da UFSC e deverá ser adotado por todas as instituições federais de ensino superior brasileiras até o final de 2021.

Confira alguns dos principais fatos da década:

 

Primeira recepção aos calouros no Campus de Blumenau. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Campus de Blumenau: No contexto de expansão rumo ao interior e de consolidação do conceito de universidade multicampi, em 2014 foi inaugurado o campus de Blumenau da UFSC. A aula inaugural foi realizada no dia 17 de março, no Teatro Carlos Gomes. Inicialmente, as atividades letivas eram desenvolvidas no campus do Instituto Federal Catarinense (IFC). Em setembro de 2015, foram transferidas para a sede atual, na Rua João Pessoa, Bairro Velha.

O projeto do Campus de Blumenau foi concebido com o propósito de buscar integração e cooperação com a comunidade e os grupos e setores econômicos da mesorregião do Vale do Itajaí. As atividades de ensino na graduação e na pós-graduação são articuladas com o objetivo de formar profissionais com perfil adequado às exigências sociais e técnicas da região, na qual se desenvolve uma pujante indústria têxtil.

Atualmente o campus comporta uma Unidade de Ensino (Centro de Blumenau), na qual são oferecidos os cursos de Engenharia Têxtil, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Materiais, Matemática (Licenciatura) e Química (Licenciatura e Bacharelado). Também são disponibilizados dois mestrados profissionais – Ensino de Física e Matemática – e dois mestrados acadêmicos – Engenharia Têxtil e Nanociência, Processos e Materiais Avançados.

Manifestações na desocupação da reitoria, em 2014. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Levante do Bosque: Uma operação da Polícia Federal (PF) no campus de Florianópolis, em 25 de março de 2014, acabou gerando um impasse que, após dura repressão policial, descambou para a violência e reação dos estudantes. Agentes da Polícia Federal, num carro descaracterizado, prenderam um estudante da UFSC sob acusação de tráfico de drogas. Alunos que presenciaram a cena cercaram o veículo no Bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e tentaram impedir que o colega fosse levado à delegacia para registro da ocorrência.

O cerco ao carro da polícia gerou um impasse de quase duas horas, durante o qual alunos e professores do CFH, além de membros da Administração Central, como o chefe de Gabinete da Reitoria na época, tentaram negociar com a PF para que não levasse o estudante, mas fizesse um termo circunstanciado de ocorrência na própria Universidade. Irredutíveis, os agentes se sentiram intimidados pela presença dos alunos e chamaram o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

A intervenção truculenta dos policiais militares acabou agravando a situação: tentaram romper o cerco ao veículo da PF com uso de spray de pimenta, tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral. A partir daí, as coisas saíram do controle. Os estudantes tombaram um veículo da segurança do campus e quebraram um vidro do carro usado pelos agentes. Depois disso, ocuparam por três dias o prédio da Reitoria.

Licenciatura Intercultural Indígena: Em abril de 2015, a UFSC formou a primeira turma de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, composta exclusivamente por alunos indígenas. Vindos de comunidades do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, 83 universitários dos povos Guarani, Kaingáng e Xokleng receberam seu diploma em cerimônia no Centro de Cultura e Eventos.

O curso foi orientado em torno da questão territorial, nomeado “Territórios indígenas: a questão fundiária e ambiental no Bioma Mata Atlântica”. A estrutura do projeto está baseada na pedagogia da alternância, que considera tempo-universidade (TU) e tempo-comunidade (TC) no currículo. Essa configuração permite realizar trocas culturais diversas entre as comunidades indígena e não indígena, com a realização de intervenções comunitárias com membros indígenas de fora do curso.

Durante quatro anos, os estudantes foram capacitados em licenciatura nas áreas de infância, linguagens, humanidades e conhecimento ambiental. Desenvolvido a partir do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (Prolind), o curso tem como objetivo principal capacitar futuros professores para atuar em escolas indígenas nos ensinos fundamental e médio.

Reitor Luiz Cancellier e vice-reitora Alacoque Erdmann participam de ato pelo fim da violência contra a mulher. Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC

Criação da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades: Ações afirmativas estão no foco da UFSC há muito tempo, mesmo antes entrarem em vigor as leis nacionais que hoje tratam do assunto. Em 2008, a Universidade criou o seu Programa de Ações Afirmativas. Somente quatro anos depois, em 2012, a Lei 12.711 tornou obrigatória a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas em todas as instituições de ensino federais. E, em 2014, a Lei 12.990 estabeleceu a reserva aos negros de 20% das vagas em concursos públicos.

Em 2016, a atenção ao tema ganhou novo status na UFSC, com a criação da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad). A Saad foi criada no contexto de uma reestruturação administrativa aprovada pelo Conselho Universitário (CUn) em 7 de junho daquele ano. Um mês depois, em 9 de julho, a Saad organizou o evento “UFSC diz não à violência contra a mulher”, realizado simultaneamente nos campi de Florianópolis, Blumenau e Curitibanos. Desde então, foram várias iniciativas para consolidar a política de ações afirmativas da UFSC.

A missão da Saad é “desenvolver ações institucionais, pedagógicas e acadêmicas direcionadas às ações afirmativas e de valorização das diversidades na Universidade, referentes à educação básica, graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, contratação de pessoal e gestão institucional, em articulação com as demais estruturas universitárias”.

Entre suas atribuições, estão garantir a aplicação na UFSC da lei de reserva de vagas (conhecida como lei das cotas), promovendo as validações de natureza racial ou econômica previstas na legislação. “Além de propor, acompanhar e avaliar a implementação da política de ações afirmativas e de valorização das diversidades”, compete à Saad, entre outras ações, o “cuidado e acolhimento das pessoas da comunidade universitária”; a promoção de uma “cultura de respeito às diferenças e valorização das diversidades”; o desenvolvimento de iniciativas para propiciar “acessibilidade e inclusão de estudantes com deficiência e/ou com necessidades educacionais especiais” e a busca da “inclusão digital para os alunos de graduação”.

Aula pública durante debates sobre a PEC do Teto de Gastos. Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC

PEC do Teto de Gastos: No final de 2016, o ambiente universitário foi tensionado por uma proposta governamental de contenção das despesas públicas. A chamada PEC do Teto estabelecia a limitação de despesas e investimentos públicos nos três poderes durante 20 anos. Os gastos ficariam limitados aos mesmos valores do ano anterior, corrigidos pela inflação. A proposta foi percebida como um corte de verbas para áreas essenciais, como saúde e educação. Enquanto a PEC tramitava no Congresso, alunos do ensino médio e das universidades se mobilizaram em todo o país, chegando a mais de mil escolas e ao menos 170 universidades em novembro. Na UFSC, estudantes bloquearam o acesso a diversos centros de ensino e impediram a realização de aulas. O bloqueio causou alguns conflitos entre estudantes e professores que eram contrários à mobilização.

Operação Ouvidos Moucos e a morte do reitor: Em 2017, a operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal (PF), teve grande impacto na vida universitária. A investigação policial pretendia investigar irregularidades na aplicação de recursos do projeto de educação a distância (EaD) da UFSC.

A investigação tornou-se pública em 14 de setembro de 2017, quando a Polícia Federal prendeu o reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo e mais cinco docentes da UFSC, além de um servidor de uma Fundação de Apoio. Nos primeiros informes à imprensa, a PF divulgou que investigava a suspeita de desvio de R$ 80 milhões, atraindo grande atenção da mídia local e nacional. Mais tarde, a própria PF desmentiu esses números (o valor representava, na verdade, o total de recursos investidos em EaD entre os anos de 2008 e 2016).

Cancellier e os demais detidos foram vítimas de diversos abusos de autoridade. Mesmo sem qualquer denúncia formal, acabaram presos e encaminhados para a penitenciária, onde ficaram por 30 horas. Foram soltos graças a habeas corpus. O reitor continuou sendo alvo de manifestações, dentro e fora da Universidade. Uma decisão judicial determinou seu afastamento do cargo e o proibiu de entrar no campus da UFSC.

Essa última medida teve um grande impacto emocional no reitor e uma consequência trágica. Ainda impedido de retornar à Universidade, 18 dias após a ação policial, Cancellier de Olivo, de 59 anos, cometeu suicídio. Em um bilhete encontrado no bolso da calça que usava, o reitor declarava: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade”.

O falecimento de Cancellier abalou a rotina na Universidade e provocou comoção em diferentes setores. O velório ocorreu no hall da Reitoria, e o auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos, completamente lotado, foi palco de uma sessão solene fúnebre do Conselho Universitário (CUn). Mais tarde, o CUn aprovou uma resolução dando o nome de Luiz Carlos Cancellier de Olivo ao Centro de Cultura e Eventos. A lei de abuso de autoridade (Lei 13.869), promulgada em setembro de 2019, também recebeu o nome de “Lei Cancellier”, em homenagem ao reitor.

Reitor Ubaldo Cesar Balthazar assina diplomas digitais. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Diploma digital: Ao longo da década, a UFSC continuou produzindo ciência, implementando ações de extensão e desenvolvendo tecnologias que trazem grandes benefícios à sociedade, como é o caso do diploma digital para alunos de graduação. A UFSC foi pioneira nessa tecnologia, que deverá ser adotada por todas as instituições federais de ensino superior até o final de 2021. A primeira formatura com diplomas digitais no Brasil foi realizada em 15 de março de 2019 e contemplou formandos do curso de Direito da UFSC.

A tecnologia que permitiu a emissão dos diplomas digitais foi desenvolvida pelo Laboratório de Segurança em Computação (LabSEC) em conjunto com a Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic). Como é emitido e armazenado inteiramente em meio digital, esse diploma proporciona ganhos e economia em relação ao documento de papel. Os custos de emissão foram reduzidos em quase 80%, e o prazo de emissão caiu de cerca de 90 dias para em torno de 15 dias.

O diploma digital da UFSC foi desenvolvido com base nas orientações do Ministério da Educação (MEC). De acordo com a Portaria 554, de 11 de março de 2019, diploma digital “é aquele que tem a sua existência, emissão e armazenamento inteiramente no meio digital e cuja validade jurídica é presumida mediante a assinatura com certificação digital e carimbo de tempo na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil)”.

O diploma é emitido em formato Extensible Markup Language (XML), arquivo-documento que recebe as assinaturas digitais. Esse documento é armazenado vinculado a uma URL única, a fim de facilitar a consulta ao status do documento a qualquer tempo e a partir de qualquer lugar com acesso à internet. O arquivo XML possui um “instrumento auxiliar” que possibilita a representação visual do documento, ou seja, uma cópia fiel do documento XML que permite ao diplomado exibir, compartilhar e armazenar a imagem.

Além da economia e agilidade na emissão, o diploma digital também proporciona diversas outras vantagens. Uma delas é a confiabilidade, garantida pelo sistema de certificação das assinaturas digitais. Os diplomas emitidos por qualquer instituição do sistema federal de ensino serão interoperáveis, ou seja, poderão ser manejados por mais de uma instituição. O diploma também poderá ser confeccionado por duas instituições diferentes (uma emissora e uma registradora) e assinado de forma independente.

Ato em defesa da universidade pública, na av. Beira-Mar Norte, reuniu milhares de manifestantes em 15 de maio de 2019. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Bloqueio do orçamento e greve estudantil: Em 2019, a UFSC esteve novamente às voltas com ameaças de cortes de verbas e restrições orçamentárias que interferiram diretamente no funcionamento de suas atividades. No começo de maio, o Ministério da Educação anunciou o bloqueio de uma grande parte dos recursos de custeio das instituições federais de ensino superior. As verbas de custeio são geridas pelas universidades e usadas para pagamentos de despesas como contratos com empresas terceirizadas, energia elétrica, água, bolsas e auxílios estudantis.

No total, 63 universidades e 38 institutos federais tiveram seu orçamento paralisado. Houve grande mobilização social contra essas medidas, culminando com atos públicos em maio que reuniram milhares de estudantes. Na UFSC, esse bloqueio equivalia a mais de R$ 43 milhões do total de R$ 145 milhões do orçamento inicialmente aprovado.

A Administração Central da UFSC tomou medidas para evitar a paralisação da Universidade, mas que tiveram grande repercussão na vida acadêmica. A mais impactante foi o cancelamento da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), prevista para ocorrer de 17 a 19 de outubro. Também houve restrições do cardápio do Restaurante Universitário e renegociação de contratos de serviços terceirizados.

Essas medidas, somadas ao cancelamento e às restrições para a concessão de bolsas a alunos de pós-graduação, causaram inquietação e reação dos alunos. Com a negativa do MEC de reverter o bloqueio orçamentário, que o ministério tratava apenas como um contingenciamento de recursos, o movimento estudantil liderou atos de resistência nas universidades. Em todos os campi da UFSC, durante o segundo semestre, assembleias de cursos, departamentos e centros aconteciam quase diariamente com a participação de alunos, professores e técnicos.

Assembleia que aprovou o início da greve estudantil em 2019. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

No início de setembro, após uma Assembleia Geral que reuniu milhares de alunos no auditório principal do Centro de Cultura e Eventos, os estudantes decidiram entrar em greve. A paralisação teve inicialmente grande adesão entre os estudantes, envolvendo mais de 70 cursos de graduação. Não houve bloqueio de prédios, mas os alunos realizaram várias atividades na UFSC e fora dos campi para mostrar à sociedade o que a Universidade produz em ciência, tecnologia e extensão. No início de outubro, metade das verbas bloqueadas da UFSC foram liberadas, e no dia 17 os alunos decidiram encerrar o movimento.

Satélite FloripaSat-1 é lançado: Quando o foguete Longa Marcha 4 foi lançado com sucesso no Centro de Lançamento de Foguetes de Taiyuan, na China, nos primeiros minutos do dia 20 de dezembro de 2019, houve uma comemoração efusiva no Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da UFSC. O motivo é que o foguete chinês levou para o espaço o primeiro satélite desenvolvido em Santa Catarina e coroou a primeira missão de satélite universitário do Brasil.

Ao longo de quatro anos, alunos de graduação, mestrado e doutorado dos cursos de Engenharia Elétrica, Eletrônica, Aeroespacial, Automação e Mecânica estiveram envolvidos no projeto de desenvolvimento do FloripaSat-1. Trata-se de um CubeSat, um tipo de nanossatélite de pequenas dimensões (múltiplas unidades cúbicas de 10 centímetros), pesando pouco mais de um quilo, construído em parceria com o programa Uniespaço, da Agência Espacial Brasileira.

FloripaSat-1, primeiro satélite da UFSC. Foto: divulgação

O FloripaSat-1 é um equipamento composto por cinco módulos, tais como o módulo para capturar, armazenar e distribuir energia e o módulo para rastreamento e comunicação do satélite com a Estação de Controle e Rastreio instalada na UFSC. O satélite carrega também uma carga útil – um repetidor de radioamador, que pode ser usado em todo o mundo em situações de emergência e resgate, por exemplo.

A partir do lançamento e posicionamento do satélite em órbita, numa altitude de 628,6 quilômetros, os pesquisadores do SpaceLab poderão avaliar o comportamento do satélite em seu ambiente real de funcionamento. O FloripaSat-1 deve ficar cerca de dois anos em órbita, e enfrentar as condições severas do espaço, como radiações e temperaturas extremas.

O principal objetivo do projeto é envolver estudantes em uma missão espacial completa, além de capacitação, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para a área espacial. O intuito é que a tecnologia desenvolvida com o FloripaSat-1 possa servir de base para a construção de futuros satélites brasileiros para as mais diversas aplicações.

Investimentos em obras e reformas: A UFSC investiu mais de R$ 200 milhões em infraestrutura física entre os anos de 2010 e 2019. Esse valor foi aplicado na construção de prédios e laboratórios para atividades acadêmicas e administrativas, melhorias de acessibilidade, estruturas de apoio (elétrica, telecomunicação e acessos) e também em reformas diversas. Os investimentos beneficiaram todas as unidades de ensino do campus Florianópolis e também permitiram a estruturação dos campi fora da sede.

  • Novos blocos do CCB foram inaugurados em 2018. Foto: Pipo Quint /Agecom/UFSC

    Blocos do CCB: Na comemoração de seu aniversário de 58 anos, em 18 de dezembro de 2018, a UFSC inaugurou e começou a ocupação parcial de uma das maiores obras de engenharia realizadas no campus de Florianópolis: a construção dos blocos E, F e G do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no Córrego Grande. A obra, que inclui uma subestação de energia elétrica de 3.500 kVA, está orçada em mais de R$ 40 milhões e foi iniciada em janeiro de 2014. A edificação possui sete elevadores e três escadas protegidas. Todos os pavimentos são atendidos por sanitários masculinos e femininos, sanitários para pessoas com deficiência e vestiários, totalizando mais de 13 mil metros quadrados de área construída. O Bloco E é composto de ambientes destinados a secretarias de departamentos de Graduação, Pós-Graduação e Ensino a Distância (EaD), coordenadorias de cursos de graduação, de apoio pedagógico e de ensino, pesquisa e extensão, salas de informática, de apoio, de estudo, de reuniões, da direção e vice-direção do Centro e do Centro Acadêmico, cantina e auditório. Os blocos F e G são compostos basicamente de laboratórios e gabinetes de professores.

  • Ampliação e bloco de ligação do curso de Engenharia Civil da UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

    Ampliação no CTC: As obras de ampliação dos blocos A e B e a construção do bloco de ligação dos prédios da Engenharia Civil do Centro Tecnológico (CTC) foram inauguradas no dia 26 de abril de 2018. A nova edificação é constituída por cinco pavimentos, com ambientes destinados a salas de apoio, setores administrativos, salas de aulas da graduação e pós-graduação, salas de reuniões, laboratórios e gabinetes de professores. Os laboratórios são os de Eficiência Energética em Edificações, de Aplicações de Nanotecnologia em Construção Civil, de Valorização de Resíduos & Materiais Sustentáveis, de Transportes e de Ciências Geodésicas. São mais de quatro mil metros quadrados de novo espaço físico, que representou um investimento de mais de R$ 8 milhões.

  • Bloco D do CCE: O Bloco D do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi inaugurado no dia 29 de fevereiro de 2016. O edifício de oito andares passou a abrigar salas de aula e laboratórios dos cursos de Artes Cênicas, Cinema e Design, além de salas administrativas e de professores. O prédio de 4.611,69 m² localizado atrás do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM) começou a ser construído no primeiro semestre de 2013. De acordo com o Departamento de Fiscalização de Obras (DFO) da Universidade, o investimento foi da ordem de R$ 13 milhões, com recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e de negociações realizadas com o Ministério da Educação (MEC).
  • Pista sintética de atletismo do CDS. Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC

    Prédio novo e pista de atletismo no CDS: Com obras iniciadas em dezembro de 2013, o prédio da administração do Centro de Desportos (CDS) foi inaugurado no dia 8 de outubro de 2015. A edificação de cinco pavimentos – com subsolo – foi construída para abrigar direções, secretarias, gabinetes de professores e salas para atividades de ensino. A obra de 2.755,53 m² foi contratada no valor de R$ 8.685.944,50. Meses antes, em 26 de março, o CDS inaugurou a pista sintética de atletismo, coberta com a borracha natural Mondo, onde podem ser realizadas provas de corrida; saltos em altura, distância e triplo; arremesso de peso; e lançamentos de dardo, martelo e disco. A pista de 400 metros de extensão e oito raias deixou a UFSC melhor equipada para ser uma das 172 sedes selecionadas como opção de treinamento e aclimatação para as Olimpíadas Rio 2016. As obras haviam sido iniciadas em abril de 2014 e o custo total – incluindo elaboração do projeto, aquisição dos componentes, armazenagem e transporte do piso e execução da obra – foi de mais de R$ 7,7 milhões. A verba foi repassada pelo Ministério dos Esportes.

  • Prédio para Medicina: Ampliação esperada há mais de cinco décadas, o novo bloco didático-pedagógico para o curso de Medicina foi entregue à comunidade universitária no final de setembro de 2014. O Bloco E-3 do Centro de Ciências da Saúde (CCS), anexo ao Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) foi utilizado para acomodar o crescimento do curso de Medicina da UFSC. O prédio de cinco pavimentos tem área total de 3.457,40 m² e seus andares são conectados diretamente ao Hospital. A obra foi financiada com recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Planejada com um valor estimado em R$ 7.556.287,18, a construção custou R$ 6.890.307,85, o que gerou uma economicidade de R$ 665.979,33.
  • Reitoria II: O Prédio II da Reitoria, localizado na Avenida Desembargador Vitor Lima, 222, foi adquirido em dezembro de 2012, mas sua inauguração oficial ocorreu em 10 de maio de 2013. A edificação de 8 mil metros quadrados abrigou inicialmente a Clínica de Fonoaudiologia, as pró-reitorias de Administração (Proad) e de Planejamento e Orçamento (Proplan), o Departamento de Administração Escolar (DAE), a Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) e a Procuradoria da AGU/UFSC. A compra do prédio foi possível com o aporte de recursos extraordinários não executados no orçamento do MEC, negociados pela Reitoria e pela Proplan junto à Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC). A aquisição aconteceu após o devido processo legal, que contou com a avaliação da Caixa Econômica Federal e a análise jurídica da Procuradoria Federal, aprovando a transação de R$ 33 milhões.
  • Exposição no MArquE. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

    Museu em novas instalações: De um início humilde em uma estrebaria adaptada na antiga Fazenda Assis Brasil e após uma década fechado ao público, o Museu Universitário inaugurou novas instalações em 24 abril de 2012. O evento marcou também a mudança do estatuto e do nome do museu, que passou a se chamar Museu Arqueológico e Etnográfico Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE). Com a inauguração do Pavilhão Expositivo Sílvio Coelho dos Santos, o museu ficou apto a expor coleções arqueológicas e indígenas de valor cultural inestimável, além da obra de Franklin Cascaes, que não podiam ser exibidas por falta de espaço adequado de conservação. A construção do prédio, um investimento de R$ 5 milhões, foi bancada com recursos próprios da UFSC. O Pavilhão é composto por cinco andares com elevadores, sendo dois mezaninos, três grandes espaços expositivos e um terraço para exposição de grandes objetos e apresentações artísticas, além de salas para atividades culturais e educativas, laboratórios de restauração, café e sala de estar. As salas de exposições totalizam 1.900 metros quadrados, todas apresentando condições ideais de climatização, iluminação, controle de umidade e um eficiente sistema de segurança monitorado.

Principais investimentos concluídos:

2010

  • Em Araranguá, foram concluídas as obras do bloco de salas de aula e ambientes de aprendizagem, num investimento de R$ 1,53 milhão.
  • Em Curitibanos, foram finalizadas obras como o bloco de salas de aula e ambientes de aprendizagem (R$ 4,03 milhões); a infraestrutura elétrica, de telecomunicações e subestação (R$ 362 mil) e o acesso e anel viário do campus (R$ 1,74 milhão).

2012

  • Conclusão do bloco de salas de aula e ambiente de aprendizagem do Centro de Ciências Agrárias (CCA). A obra, em duas etapas, foi iniciada em 2009 e recebeu investimento total de R$ 5,35 milhões.
  • Reforma do refeitório e conclusão da nova cozinha do Restaurante Universitário (RU), obras que receberam aporte de R$ 8,96 milhões.
  • Inauguração do Bloco A da Moradia Universitária (R$ 2,79 milhões).
  • Conclusão da segunda etapa das obras do Bloco I de salas de aula. Iniciada em 2009, a construção do Bloco I representou um investimento total de R$ 11,68 milhões.

2013

  • Conclusão do bloco didático-pedagógico do Centro de Ciências da Saúde (CCS), anexo ao Hospital Universitário (R$ 6,89 milhões);
  • Conclusão dos prédios interligando o Bloco I com os blocos H e J do CCS (R$ 5,83 milhões).
  • Entrega do prédio do Instituto de Engenharia de Superfícies do Centro Tecnológico (R$ 2,34 milhões).

2015

  • Conclusão da pista de atletismo do Centro de Desportos (CDS), após investimento de R$ 4,70 milhões, assim como o prédio da administração central.

2016

  • Conclusão e entrega para a comunidade do laboratório TecMidia do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), no qual foram investidos R$ 2,39 milhões.
  • Em Curitibanos, conclusão das obras do galpão de apoio à produção vegetal (R$ 1,86 milhão).

2017

  • Salas de aula e laboratórios de ensino do Centro de Comunicação e Expressão (Bloco D) foram entregues à comunidade, após investimento de R$ 13,09 milhões desde 2012.
  • Conclusão do galpão de Fitotecnia (R$ 2,72 milhões) e obras na subestação, infraestrutura elétrica, de telecomunicação e circuito fechado de TV (R$ 3,79 milhões) na Fazenda Ressacada, vinculada ao CCA.
  • Ampliação do Bloco A do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos do CTC, que teve investimento de R$ 8,36 milhões.
  • Inauguração dos blocos E e F e do anexo E do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), após quatro anos de obras que receberam investimento de R$ 18,66 milhões.
  • Restauração de esquadrias das edificações nas fortalezas da Ilha de Santa Catarina (R$ 861 mil).

2018

  • Ampliação dos blocos A e B e construção do Bloco de Ligação dos prédios da Engenharia Civil, após quatro anos de obras e investimento que totalizaram R$ 8,20 milhões.
  • Conclusão da reforma das quadras externas e urbanização do complexo esportivo do CDS (R$ 1,50 milhão).

2019

  • Construção de uma rota acessível entre a Biblioteca Universitária e o Restaurante Universitário no campus de Florianópolis (R$ 926 mil)